O Olho de Hórus
Seu objetivo principal teria sido o de promover a elevação do nível de consciência daquele povo através, principalmente, da construção de diversos templos sagrados ao longo das margens do rio Nilo. Além disso, tais sacerdotes eram os zelosos guardiões da sabedoria acumulada desde tempos imemoriais, quando ainda existia o continente perdido da Atlântida.
Os templos construídos por esta organização eram utilizados como enciclopédias de conhecimento, cujo objetivo era transmitir ao povo, ao longo de muitas gerações, a informação acumulada a respeito do funcionamento do universo.
Também serviram como polos de desenvolvimento social, político e econômico da civilização egípcia. Espiritualmente, os antigos sacerdotes estruturaram esta sociedade alicerçada em dois conceitos fundamentais: (1) a reencarnação como meio de evolução espiritual e (2) a iluminação como passo final deste processo.
Para os antigos egípcios, havia um plano divino baseado na reencarnação destinado a que o homem experimentasse em sua própria carne as leis que determinam o funcionamento do universo. Vivendo um processo evolutivo através do acúmulo de experiências ao longo de 700 reencarnações, o ser humano, inicialmente um ser instintivo, ignorante, inocente e primitivo, poderia se transformar em um super-homem, em um sábio imortal.
Além de templos, os sacerdotes da escola Olho de Hórus construíram enormes pirâmides para concentrar energias cósmicas e telúricas em câmaras focalizadoras, que elevavam a frequência vibratória de seus discípulos mais avançados. A utilização deste processo ampliava a percepção sensorial e permitia adquirir informações valiosas sobre outros planos de consciência cósmica.
Tais câmaras serviam ainda para a exploração metafísica. Diz-se que, nos dias de equinócio, utilizavam toda a energia acumulada no interior das pirâmides para impulsionar o aumento da frequência vibratória dos átomos dos altos iniciados para que abrissem como flores, liberando a luz contida no interior de seus núcleos. Assim se produzia uma iluminação temporal do discípulo, durante a qual podia viajar conscientemente pelo tempo e pelo espaço.
As pirâmides egípcias teriam sido construídas sobre um dos centros neurais da rede electromagnética do planeta. Construídas com blocos de pedra talhada pelo homem, eram gigantescos cristais que vibravam harmonicamente com o planeta.
Este blocos de pedra contém quartzo, cujas moléculas, ao vibrarem, friccionam suas superfícies, carregando-se eletricamente num fenômeno que hoje conhecemos como piezoelétrico. Esta energia acumulada era utilizada para induzir estados alterados de consciência nos adeptos do Olho de Hórus.
No Espiritualismo
Algumas obras espíritas, como a Missionários da Luz, psicografada por Chico Xavier, descrevem a glândula pineal como a interface de união entre o corpo e a alma.
Devido à semelhança entre a representação do Olho de Hórus e o corte transversal que revela a estrutura que circunda a glândula pineal, mais a semântica da frase “olho-que-a-tudo-vê”, algumas crenças espiritualistas acreditam ser esta a representação simbólica adequada para este hieróglifo. Num mapeamento direto, ficaria:
A pupila =Tálamo
O canto esquerdo do olho = Glândula Pineal
A sobrancelha = Corpo caloso
O rabo curvado = Bulbo raquidiano
A lágrima = Hipotálamo + Hipófise
Palestra do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira sobre a Glândula pineal. Duração: 1h